Segurança Alimentar: Instituto Maria da Graça passa a distribuir 250 kg de alimentos toda semana

Frutas, legumes, verduras e outros produtos repassados pelo Banco de Alimentos são entregues toda quinta-feira para as famílias necessitadas 

Montagem de várias fotos mostrando beringelas, caixa de leite, caixa com copos de requeijão, caixa de abobrinha, batata, pepino e sacos com alface, cenoura e rúcula

"Nessa quinta, veio batata, pepino, maçã, abobrinha, cenoura, berinjela, amendoim torrado, leite, requeijão e pão", conta Anita da Silva, presidente do Instituto Maria da Graça, lembrando que correu comprar saquinhos para dividir os 20 quilos de amendoim com o maior número possível de crianças.

A solicitação de entrada no Banco de Alimentos da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura foi feita pelo Instituto Maria da Graça em julho de 2023. Então, durante o segundo semestre do ano passado, a retirada de uma quantidade pequena não acontecia toda semana.

A partir desse mês de fevereiro, diz Anita, "começamos a fazer parte das entidades regularizadas no Banco de Alimentos, então passamos a pegar toda quinta-feira uma cota de 250 quilos. Isso foi uma coisa muito boa, porque aqui temos um grande número de famílias que precisam muito".  

Além dos 250 kg retirados no Banco de Alimentos, o Instituto também recebe semanalmente outra doação de um pouco de legumes, frutas e pães. Com a chegada dos alimentos, dá para atender uma média de 45 a 50 famílias.

Quem está na lista

"Muito mais gente precisa, a gente tem mais de 180 famílias no cadastro. Os 250 quilos atendem só os mais necessitados, é só para os que têm trabalho instável e que têm mais de três crianças. É quem vive de bico, que um dia está aqui outro dia está ali, tanto mulher como homem, não dá para todos", explica Anita.

A seleção das famílias, segundo a presidente do Instituto, leva em conta também o tamanho das famílias: "a gente tem família que tem oito crianças e que só uma pessoa trabalha, tem família que não mora só a mãe, mora a mãe mais duas filhas com seus filhos, que dá 15 pessoas".

Além disso, é preciso considerar as despesas maiores que as famílias têm. De acordo com Anita, não são só as moradoras e moradores das favelas que vivem essa condição de necessidade. Cerca de metade das pessoas da lista são moradores dos bairros da região, que têm uma renda muito baixa e ainda pagam aluguel. 

Ela destaca que tem também as famílias com pessoas idosas, doentes, que não conseguiram ainda começar a receber o BPC. "Nós temos hoje 11 famílias nessa situação, onde tem ainda que ter alguém da família para cuidar daquela pessoa e aí não pode trabalhar".

A distribuição também depende de como são as famílias: no caso do leite, esclarece Anita, "as duas caixas (24 litros) nós dividimos só entre aquelas que têm crianças de 4 anos para baixo assim, não teve como dar o leite para todas as crianças maiorzinhas".

Criado em 2004, o programa Banco de Alimentos recolhe doações feitas por empresas, comerciantes e produtores rurais, fazendo também arrecadações de alimentos em grandes eventos. Depois de separados, os alimentos são distribuídos para as entidades beneficentes cadastradas. Segundo a Prefeitura, atualmente 60 entidades de Ribeirão Preto fazem parte do cadastro.