Sucesso do evento com mais de 200 pessoas revelou a importância de promover as práticas colaborativas e o desenvolvimento comunitário.
"Parabéns para todos nós, juntos somos mais fortes. Amei a festa de hoje, estou cansada, mas valeu a pena!", comemorou a vice-presidente do Instituto Maria da Graça, Luzimar Alves da Silva Lisboa, na noite de sábado.
Para Anita da Silva, presidente do Instituto, o ponto positivo mais importante da festa foi a colaboração: "Uns ajudando os outros, foi muito legal, do início ao fim, da hora que amanheceu o dia até terminar de noite, pessoas de fora mesmo da Ong participaram muito".
Este foi o caso de Charlene Oliveira, que não participa diretamente do Instituto, mas foi uma das várias pessoas que vieram trabalhar como voluntárias. Charlene ficou ajudando no caixa, e foi ali que ouviu muitos elogios à festa.
Enquanto descansava um pouquinho do atendimento da fila, ela disse que acha bacana colaborar. "É sempre bom a gente dar valor para onde a gente mora e poder proporcionar esse tipo de alegria para as crianças e famílias, aqui tem geral, pai, mãe, filho, avó, tudo".
Muita colaboração
A festa julina aconteceu no sábado, 29/07, das 15h até as 21h, na Rua Lençóis Paulistas em frente da sede do Instituto Maria da Graça. A rua foi fechada para o evento e ganhou cordões de bandeirinhas e outros enfeites coloridos (veja nas fotos abaixo)
A organização, entretanto, começou mais de um mês atrás, com a busca de contribuições para as comidas, bebidas e prêmios para o bingo. Pessoas de toda a região do Jardim Jóquei Clube foram se comprometendo com as doações e, aos poucos, a arrecadação ficou até bem maior do que o necessário, como conta Anita:
"Acho que nós nunca fizemos uma festa para sobrar tanta coisa, sobrou pão, guaraná e até prenda de bingo. E outra coisa importante é que tudo foi o pessoal daqui, a comunidade como um todo, tanto dos bairros quanto das comunidades, os pais das crianças que vão nos cursos foram os que mais ajudaram, achei isso excelente, a participação das famílias".
Sobrou também animação e alegria das crianças, especialmente daquelas que dançaram a quadrilha. Depois de ensaiarem várias vezes nas duas últimas semanas, ensinados pela Cristina Taveira Silva, a expectativa e ansiedade tomava conta de todos desde o início da tarde.
Na apresentação, Cristina e Mariza puxaram as duas fileiras de damas e cavalheiros, que se cumprimentaram, depois fizeram roda, caracol, túnel, par de dança e muitos outros trejeitos que encantaram a plateia: nota 10! Aplauso geral!
Mas a atividade mais disputada pela criançada foi a pescaria trazida pela Mariah Rodrigues. As mais de 40 prendas colocadas duraram apenas cerca de uma hora, tamanha foi a fila que se formou para fisgar os premiozinhos.
Crescimento do Instituto
Nas reuniões preparatórias da festa, o maior receio da diretoria era que poucas pessoas comparecessem: "a gente sabia que, por ser dia 29, ninguém tinha dinheiro, que o risco era de pouca gente vir", conta Anita.
Na divulgação da festa, então, foi destacado que as comidas e refrigerantes seriam vendidos a preços simbólicos de R$ 1,00. A cobrança desses valores teve dois objetivos, o de evitar o desperdício que ocorre quando se faz distribuição gratuita e o de conseguir o suficiente para pagar as despesas da própria festa.
Já a arrecadação financeira, para ajudar na manutenção da sede e no custeio das atividades culturais e educativas oferecidas pelo Instituto, ficou por conta das rodadas de bingo e da venda de bebidas alcoólicas (cerveja e quentão) para os adultos.
Com isso, segundo a diretoria, além do lazer e integração comunitária dos moradores, a festa contribuiu para o fortalecimento e a consolidação do Instituto Maria da Graça como uma importante organização popular na região.
De acordo com a presidente, Anita da Silva, durante a festa várias pessoas vieram falar que gostariam de começar a participar do Instituto. "Nós vamos fazer uma reunião de avaliação essa semana, e aí vamos encaminhar isso tudo direitinho", destacou.
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