Professora voluntária fala da importância do Emprega Favela, realizado pela Cufa neste dia 1º de Maio.
Vários voluntários e voluntárias atuaram no "Feirão de empregos" do Emprega Favela, realizado pela Cufa (Central Única de Favelas), neste dia 1º de Maio. O evento aconteceu no Jardim Jóquei Clube, na sede do Instituto Maria da Graça.
Uma das voluntárias foi Jéssica Machado, professora de cursinho pré vestibular moradora do bairro Ipiranga. Participando pela primeira vez como voluntária de uma ação da Cufa, Jéssica diz que acha muito importante a iniciativa, principalmente numa data simbólica, como o Dia do Trabalhador.
"A gente está passando um momento político muito complicado, saindo de uma pandemia, muita falta de emprego, então dar esse suporte eu acho extremamente necessário, porque às vezes até tem alguma vaga, mas a pessoa não tem o direcionamento", analisa.
Quando se deparam com pessoas que moram em comunidades da periferia, muitas empresas não contratam, alegando que moram muito longe. Para ela, esta justificativa não passa de uma desculpa, um preconceito que precisa ser quebrado.
"Todo mundo precisa trabalhar, ninguém mora na periferia porque quer, ninguém passa dificuldade porque quer. Então muita gente precisa de oportunidade. Acho que é muito importante essa iniciativa [da Cufa] de criar oportunidades dentro da cidade".
Jéssica lembra que às vezes a pessoa não tem dinheiro para imprimir as cópias do currículo. "Parece que o xerox está barato, mas para quem está desempregado, se você precisa gastar 10 reais com o currículo para sair entregando, às vezes são 10 reais que vão faltar dentro de casa", destaca.
De acordo com a professora, este é mais um motivo para valorizar o Emprega Favela: "para as pessoas que também têm essa dificuldade, acho interessante a gente estar aqui ajudando a fazer os currículos, porque aqui também viabiliza isso", conclui.
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Cufa realiza primeiro "Emprega Favela" na sede do Instituto Maria da Graça